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Bancários Juazeiro

Bancos eliminam 2.347 vagas apenas em quatro meses


Os bancos têm lucro líquido extraordinário, mesmo em cenário de crise na economia. No primeiro trimestre do ano, colocaram nos cofres R$ 17,4 bilhões. Apesar da bonança, prestam um desserviço à sociedade, com as centenas de demissões. Entre janeiro e abril, cortaram 2.347 postos de trabalho.

Os números são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. Em 2017, as organizações financeiras eliminaram 16,9 mil vagas. Já o lucro passou dos R$ 74 bilhões.

Enquanto as empresas nadam em maré mansa, os bancários passam por verdadeiro sufoco com uma sobrecarga desumana. Também têm de lidar com a insatisfação dos clientes. Uma rotina realmente estressante que aumenta o índice de adoecimento, sobretudo de cunho mental. Um verdadeiro risco.

Rotatividade segue alta Além das demissões em alta, os bancos também mantém elevada a rotatividade. Uma estratégia para reduzir custos. Quer dizer, desligam os funcionários com salários maiores e contratam novos com remuneração menor. Em média, os admitidos de janeiro a abril recebiam R$ 4.007,00, enquanto os desligados tinham remuneração de R$ 6.607,00.

A pesquisa mostra a discriminação de gênero no setor. As bancárias contratadas em abril tinham salário em médio de R$ 3.245,00, que representa 72% do salário médio dos homens admitidos no mesmo mês. O valor médio deles foi de R$ 4.488,00. A diferença segue até o desligamento. As demitidas tinham média salarial de R$ 5.549,00 e os bancários desligados, R$ 7.579,00.

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