Brasil tem 8,3 milhões pessoas em área de risco
Não é prioridade para o governo neoliberal uma política urbana para famílias que moram em área de risco. Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que cerca de 8,3 milhões de pessoas vivem em áreas de risco em 872 municípios de todo o território brasileiro.
Salvador é a primeira da lista. O percentual de moradores que moram em área de risco chega a 45,5% do total de habitantes da cidade, algo que corresponde a 1,2 milhão de pessoas. Os dados de referência são do Censo de 2010.
Completam o ranking das cinco cidades com maiores contingentes em área de risco, São Paulo, com cerca de 674 mil pessoas na mesma situação, Rio de Janeiro (444 mil), Belo Horizonte (389 mil) e Recife (206 mil).
Um destaque da pesquisa são as desigualdades regionais. O índice na região Norte de pessoas em áreas de risco com abastecimento inadequado de água é de 26,35%, enquanto a média nacional é 6,54%. Na mesma região, o esgotamento sanitário inadequado chega a 70,75%, muito acima da média nacional, de 26,1%.
O IBGE chama atenção no quesito percentual de crianças com menos de cinco anos ou idosos (pessoas com 60 anos ou mais) que vivem em áreas de risco.
Quando somados chegam a 17,8%. Acre (19,8%), Pará (19,2%) e Amazonas (19,2%) são os estados com maior índice. Os dois segmentos de pessoas são considerados com maior vulnerabilidade, pois estão mais susceptíveis a doenças, ou por conta da dificuldade de locomoção em casos de alagamentos ou desabamentos.